As doenças crónicas progressivas invariavelmente causam forte impacto na qualidade de vida do doente com consequências no bem estar emocional e nas relações pessoais não sendo possível dissociar o estado físico e emocional. Atendendo à diversidade de sintomas nas doenças crónicas, às várias opções de tratamento, à necessidade de mudanças de comportamento e impacto em actividades do dia-a-dia, é importante que o médico tenha em mente que tratar a doença é tão importante quanto avaliar o impacto da doença na vida do doente. Não tenho qualquer dúvida que a avaliação de qualidade de vida, permitindo a identificação de estratégias individuais de coping irá ajudar muitos dos nossos doentes a perceber o seu tratamento e a melhorarem a sua relação emocional com a máquina que os prende a uma rotina semanal mas que também os prende à vida.